20.3.06

22 Maio 2003: blog neófito



Azimutes.

Livros fechados a cadeado. Mortos. Fenecendo, esperando sempre. A Imperatriz assim decidiu. Todos os olhos se baixaram quando ela, a nova, perguntou porquê.
Sopesados todos os considerandos, nada mudaria.
" - Mistério..." - disse, provocando entre outros, um arquear de sobrancelhas num, um ataque de tosse noutra e um matreiro sorriso de outro dos dinossauros do doce funcionalismo público.
" - Não se queime!" -disse Maria entre dentes, fingindo serenidade.
" - Nããããaa, só um cheirinho a penas queimadas-de-espevita-funcionário-público... Aguilhoadas movem mais do que palmadinhas nas costas, animam! E a urticária nunca matou ninguém..."
" - Veja lá... É nova por estes sítios... Beware..." (A Maria é de Germânicas).
Aquilo permitiu-lhe traçar o azimute de mais um ano longe, ideia que era confirmada pelo relógio da biblioteca que, ostensivamente, exibiria o número seis no topo, pendurado pelos fios eléctricos desde que lá entrou, no dia zero, até ao dia da solução final, o da partida. Ainda hoje, Azimutes não existe, não é o seu país, não tem o seu povo, anular-se-á nos seus crimes de terra pacificamente embrutecida, cega e estéril.


23:40

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1 Comments:

Blogger IVA said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

22:51  

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